07 fevereiro 2011

MATÉRIA DO JORNAL DIÁRIO DE NATAL


Cidades
Edição de quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011 
Paralisação;
 Agentes de Saúde anunciam indicativo de greve

Durante a manhã de ontem, agentes de saúde do município de Natal se concentraram em frente ao prédio da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) e em seguida seguiram até e a sede da Prefeitura de Natal, a fim de reivindicar melhores condições de trabalho e questionar a Secretária Municipal de Saúde (SMS) sobre a nova carga horária de trabalho que passará de 6 para 8 horas diárias, sem aumento salarial. O Sindicato dos Agentes de Saúde no Rio Grande do Norte (Sindas-RN) informou que um indicativo de greve já está marcado para a próxima terça-feira, 8 de fevereiro.
De acordo com sindicato, dos 526 servidores que deveriam estar atuando na cidade, apenas 303 estão em campo, o que representa um déficit considerável no número de profissionais que atuam no combate as endemias. Além disso, o Sindas-RN relatou que o SMS pretende utilizar os guardas municipais de Natal para realizar as funções que deveriam ser exercidas por novos agentes de saúde e ainda receber uma gratificação de R$ 500.
Cosmo Mariz, presidente em exercício do Sindas-RN, explicou que desde 2009 existe um processo solicitando a contratação de novos agentes, mas até agora não foi efetivado. Além disso, o manifesto pretende exigir o cumprimento de uma ação civil pública que prevê a realização de seis ciclos de visitas a residências da capital, mas que atuamente não está sendo efetivado. Devido ao baixo número de profissionais e à ocorrência de desvio de função de alguns agentes, as equipes realizam apenas três ciclos por ano, metade do que é previsto pelo Ministério da Saúde.
Como se não bastasse as condições salariais, o agente de saúde Marcio Yvanncy declarou que os agentes estão sofrendo com a falta de estrutura no ambiente de trabalho. Ele denunciou que devido a falta de equipamentos de proteção individual (EPI), 30 agentes já foram afastados de suas atividades por intoxicação. O fato está ocorrendo devido ao uso frequente da substância tóxica denominada diflubenzuron.

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