O secretário estadual de Saúde Pública, Domício Arruda, informou ontem, por telefone, que o governo federal deverá passar de recursos para o combate a dengue, no decorrer deste ano, em torno de R$ 8 milhões para o RN. Esse é o mesmo volume de recursos de 2010, quando o Ministério da Saúde classificou o Rio Grande do Norte como um dos dez estados com alto risco de dengue. Em 1011, a classificação é “de risco muito alto”.
Domício Arruda participou, ontem à tarde, da reunião que os secretários de Saúde dos 16 estados com maior risco de dengue tiveram em Brasília, com o ministro da Saúde, Alexandre_Padilha.
Arruda informou que o ministro Padilha apresentou o quandro atual da dengue no País, inclusive no Rio Grande do Norte, “onde temos algumas áreas de alto risco, principalmente na Região Metropolitana de Natal e em Mossoró”.
Arruda informou que o ministro Padilha apresentou o quandro atual da dengue no País, inclusive no Rio Grande do Norte, “onde temos algumas áreas de alto risco, principalmente na Região Metropolitana de Natal e em Mossoró”.
O secretário confirmou que Natal será uma das cidades brasileiras que serão monitoradas pelo Ministério da Saúde, “até por conta da força econômica do turismo e por a cidade receber um grande fluxo de pessoas de outros lugares que vêm para cá”. Segundo Arruda, o Ministério da Saúde vai mandar outros carros-fumacê para o Estado e vai ampliar o número de unidades portáteis, mas não soube dizer o número.
Além disso, o secretário informou que outras providências já estão sendo tomadas pela Sesap, como a abertura de cinco leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) no Hospital Infantil Maria Alice Fernandes, já em fevereiro, e posteriormente de 18 unidades semi-intensivas no Hospital Walfredo Gurgel (HWG). “Nos últimos anos a forma mais grave da dengue tem acometido mais crianças e idosos”, declarou o secretário.
“Estamos mais ou menos preparados, mas vamos melhorar a assistência para os casos que vão precisar de internação hospitalar, se houver aumento de casos de dengue, como está previsto, em relação ao ano passado”, disse Arruda, que ainda conta com R$ 700 mil em recursos remanescentes de 2010 para aplicar em programas de combate à doença.
“Dengue deve ser tratada como duas doenças. Uma é a leve, onde o paciente fica em casa repousando, e a outra é a grave, hemorrágica, onde é preciso leito de UTI para tratar o paciente”, explica Domício. Como se sabe, há um grave déficit de leitos de UTI no RN, a exemplo do que acontece em outros estados. “Precisamos tentar garantir que haverá onde internar as pessoas que contraiam formas graves”, encerra.
“Dengue deve ser tratada como duas doenças. Uma é a leve, onde o paciente fica em casa repousando, e a outra é a grave, hemorrágica, onde é preciso leito de UTI para tratar o paciente”, explica Domício. Como se sabe, há um grave déficit de leitos de UTI no RN, a exemplo do que acontece em outros estados. “Precisamos tentar garantir que haverá onde internar as pessoas que contraiam formas graves”, encerra.
Ministério--Público
Ontem de manhã as promotoras de Justiça Elaine Cardoso e Danielle de Carvalho, coordenadora do Centro de Apoio as Promotorias de Cidadania estiveram reunidas com várias entidades de saúde que agem no controle da Dengue no Estado. Na audiência, foram apresentados os dados municipais e estaduais do avanço e prevenção da doença em 2011, para que se possa avaliar como estão as ações de combate a dengue e as reais necessidades.
Os gestores foram questionados sobre a realização dos 6 ciclos epidemiológicos determinados pelo Ministério da Saúde e informações sobre os trabalhos de campo, o número de agentes e a adequação dos trabalhos para seguir as determinações da justiça aprovadas em 2010. De acordo com esses dados em 2010 foi iniciado 50% do 4º ciclo epidemiológico no estado, não cumprindo o ideal, o estado reconhece ainda o deficit no número de agentes endêmicos. A capital potiguar tem um dos índices mais preocupantes em todo o estado, registrando um aumento de 184,4% no número de casos de 2009 para 2010.
O grande número de ausências dos agentes endêmicos ao trabalho registrado em 2010 foi largamente discutido na audiência e apontado como ponto sensível na prevenção a uma epidemia. Foram registradas 21.075 faltas de agentes, sendo 7.992 por licença médica, 4.133 não justificadas, 1.438 por licença maternidade, 1.511 pelo não pagamento de auxílio transporte, e 6.001 por outros motivos, que englobam dispensas judiciais, trabalho em eleição, atividade sindical, declaração médica, licença de aniversário (que não está regulamentada), e declaração médica.
Ontem de manhã as promotoras de Justiça Elaine Cardoso e Danielle de Carvalho, coordenadora do Centro de Apoio as Promotorias de Cidadania estiveram reunidas com várias entidades de saúde que agem no controle da Dengue no Estado. Na audiência, foram apresentados os dados municipais e estaduais do avanço e prevenção da doença em 2011, para que se possa avaliar como estão as ações de combate a dengue e as reais necessidades.
Os gestores foram questionados sobre a realização dos 6 ciclos epidemiológicos determinados pelo Ministério da Saúde e informações sobre os trabalhos de campo, o número de agentes e a adequação dos trabalhos para seguir as determinações da justiça aprovadas em 2010. De acordo com esses dados em 2010 foi iniciado 50% do 4º ciclo epidemiológico no estado, não cumprindo o ideal, o estado reconhece ainda o deficit no número de agentes endêmicos. A capital potiguar tem um dos índices mais preocupantes em todo o estado, registrando um aumento de 184,4% no número de casos de 2009 para 2010.
O grande número de ausências dos agentes endêmicos ao trabalho registrado em 2010 foi largamente discutido na audiência e apontado como ponto sensível na prevenção a uma epidemia. Foram registradas 21.075 faltas de agentes, sendo 7.992 por licença médica, 4.133 não justificadas, 1.438 por licença maternidade, 1.511 pelo não pagamento de auxílio transporte, e 6.001 por outros motivos, que englobam dispensas judiciais, trabalho em eleição, atividade sindical, declaração médica, licença de aniversário (que não está regulamentada), e declaração médica.
57 casos da doença já foram notificados este ano no RN
O Rio Grande do Norte tem 57 casos notificados de dengue em janeiro deste ano, segundo informou a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Programa Estadual de Controle da Dengue. Os dados são relativos até o dia 15. O boletim contempla as notificações cujo início dos sintomas sugestivos do agravo ocorreu até essa data, para que seja realizada a investigação necessária a possíveis confirmações.
O município com o maior número de notificações foi Natal (32), seguido de Macaíba (5), Rafael Fernandes (3), São Gonçalo do Amarante (3) e Parnamirim (2).
As Subcoordenadorias de Vigilância Epidemiológica e Ambiental já emitiu nota técnica que foi encaminhada para todos os municípios do estado, contendo recomendações aos secretários municipais de saúde para ajudar na construção de seus relatórios sobre a doença, permitindo assim a identificação das áreas de risco e o planejamento de ações de combate.
O Rio Grande do Norte tem 57 casos notificados de dengue em janeiro deste ano, segundo informou a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Programa Estadual de Controle da Dengue. Os dados são relativos até o dia 15. O boletim contempla as notificações cujo início dos sintomas sugestivos do agravo ocorreu até essa data, para que seja realizada a investigação necessária a possíveis confirmações.
O município com o maior número de notificações foi Natal (32), seguido de Macaíba (5), Rafael Fernandes (3), São Gonçalo do Amarante (3) e Parnamirim (2).
As Subcoordenadorias de Vigilância Epidemiológica e Ambiental já emitiu nota técnica que foi encaminhada para todos os municípios do estado, contendo recomendações aos secretários municipais de saúde para ajudar na construção de seus relatórios sobre a doença, permitindo assim a identificação das áreas de risco e o planejamento de ações de combate.
De acordo com a técnica do Programa Estadual do Controle da Dengue, Lúcia de Fátima Araújo, “é importante chamar atenção para que os gestores municipais intensifiquem as ações de controle do dengue, com ênfase na eliminação de criadouros, visitando todos os imóveis edificados ou não de suas localidades”. Além disso, a técnica destacou a necessidade de que os proprietários de terrenos baldios façam a limpeza da área e de que todos eliminem todo reservatório capaz de acumular água. Outro ponto enfatizado por Lúcia de Fátima foi a importância dos gestores orientarem a população sobre a unidade de saúde à qual deve se direcionar, evitando a auto-medicação.