Os agentes de saúde de Santa Cruz-RN estão em greve por tempo
indeterminado, porque a Prefeitura não pagou o piso salarial de R$ 1.014,00
previsto na Lei Federal nº 12.994/2014 e nem atendeu as demais reivindicações.
O valor de R$ 1.014,00 por agente, já
está sendo repassado pelo Ministério da Saúde ao Município desde janeiro, mas a
Prefeitura propos pagar esse valor só a partir de janeiro de 2015.
De um total de oito pontos de pauta, a
Prefeitura deu resposta apenas em relação ao pagamento do piso nacional,
proposta que foi rejeitada pela categoria.
A greve foi iniciada na manhã desta
quarta-feira e segue por tempo indeterminado, até que a Prefeitura resolva
atender as justas reivindicações da categoria.
Não é aceitável que o Governo Federal
repasse o piso da categoria e a Prefeitura pague salário mínimo.
A greve é o último recurso a ser
utilizado e assim foi com os agentes de saúde de Santa Cruz, que desde o mês de
junho de 2014, pleiteia os seus direitos junto a Municipalidade, mas ao invés
da Prefeita Fernanda resolver os problemas da categoria, preferiu causar um
grande problema para população.
Com os agentes de saúde parados, não só
as visitas domiciliares ficam prejudicadas, como também, toda a rede de saúde
do Município, pois tudo passa pelos agentes de saúde e, sem eles, nada funciona
a contento. Os agentes são a única categoria que tem identidade com a
população, por que vão onde nenhum outro profissional de saúde vai. Infelizmente
o valor dos agentes comunitários e agentes de endemias não é reconhecido pela
Prefeita.
Ao assumir a responsabilidade por essa
greve, a Prefeitura estar ciente que o Programa Bolsa Família pode ser
prejudicado, porque a greve coincide com a atualização cadastral que depende
dos agentes de saúde. Sem o monitoramento e a atualização feita pelos agentes,
a população pode perder provisoriamente o benefício, salvo se a Prefeitura
cometer o crime de falsidade ideológica e falsificar as informações do
programa, para alimentar o banco nacional de informações.
Torcemos que essa greve não dure muito,
mas essa decisão só depende da Prefeitura, por que sem o atendimento aos pontos
de pauta a categoria não volta ao trabalho.
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