03 março 2013

AGENTES RETORNAM A CAMPO PARA ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE POR FALTA DE MATERIAL COMPLETO


No final do ano passado, diante da falta de fardamento e todos os materiais de trabalho, o SINDAS orientou os agentes de endemias de Natal a paralisar as atividades por completo, com intuito de fazer pressão para Prefeitura providenciar o material e o fardamento.
Muitos agentes, sem protetor há mais de 6 meses, sem material de trabalho e sem fardamento, continuaram trabalhando normalmente. Num universo de 450 agentes apenas 80 estavam paralisados, ignorando as nossas orientações.
Como vimos que o problema iria continuar, caímos em campo para convencer a categoria a parar. Em diversas turmas tivemos que brigar para que os agentes parassem. Muitos nos disseram que não iriam parar porque teriam que cumprir expediente, já que no campo dava para fazer seu próprio horário. Diante das justificativas absurdas para não pararem, tivemos que elaborar um documento para todos assinarem informando os motivos de não irem a campo. Depois de paralisarem surgiram várias reclamais tais como: O supervisor fica no pé pra cumprir expediente, porque não deixa a gente ficar trabalhando até 13h e etc.
No final de 2012, a Gerente do CCZ determinou que os agentes fossem a campo para fazerem o trabalho de educação em saúde, para não ficarem sem fazer nada nos PA’s. O Trabalho que a Gerente queria que fosse feito estava dentro das atribuições dos agentes, mas tomamos a frente e orientamos que os agentes não fossem a campo, porque não existia nenhuma condição, faltava tudo, principalmente o EPI( Botas e Protetores).
            Semana passada o Diretor do CCZ determinou que os agentes retornassem ao campo para realizar algumas atividades que estão dentro das atribuições dos ACE’s. A orientação do Dir. do CCZ é de que os agentes comecem a pegar o ritmo de visitas domiciliares, tudo dentro das condições que forem oferecidas. Quem não tem bolsa vai orientar a população, mas não vai fazer eliminações e nem tratamento porque também não tem inseticida. Quem não tem bota não entra em terrenos baldios e nem faz eliminações se assim dispor dos demais matarias. Que não tem protetor solar não vai a campo porque este último é EPI obrigatório e por vai. Revoltados, muitos agentes cobraram do SINDAS a mesma postura contrária adotada em dezembro, o que não foi feito, explico por que:

1º- Agora em 2012 os agentes dispõem de protetores solar e labial, tênis, botas e duas camisetas, mesmo que estas não sejam fardas definitivas;
2º- Na audiência ocorrida no Ministério Público do Trabalho dia 20/11/2012, a Prefeitura questionou se poderia descontar dos salários os dias parados, mas o Procurador disse que não, pois não se deu condições mínimas para os agentes trabalharem. Essas condições mínimas foram dadas agora. Devemos esperar o pior é assim que funciona?
3º- O Procurador deixou claro também que fossem fornecidos os Equipamentos de Proteção Individual e as condições mínimas de, o Município deveria adotar medidas administrativas contra a recusa de voltar ao trabalho, nos casos em que a recusa não seja por motivo razoável. Fez questão de constar em Ata que a falta da calça não é um motivo razoável. Disse mais, os casos de recusa o SINDICATO encaminhe para o CCZ e se for parar no judiciário o sindicato defenda seus associados. Estaríamos correndo um risco, pois se uma querela dessas for parar no judiciário vocês acham que ele dará razão a quem? Se o papel do MP é defender o interesse da população.
Diante de todos os riscos que envolvem a situação, adotamos uma postura que visa proteger a categoria. Uma postura coerente, sem deixarmo-nos levar pela emoção da minoria que não parou pra pensar.
Muitos cobraram a realização de assembleia; que o SINDAS fosse contra o retorno ao campo e que orientássemos a categoria a continuar cumprindo expediente, mas não é necessário. Todos são adultos e devem ter maturidade para pesar e medir os riscos que envolvem a questão.
O retorno ao campo é pra fazer o mínimo que as condições possibilitam. Não é um bicho de sete cabeças, pois os agentes não trabalham por produção, trabalham por carga horária. Cumpriu a carga horária vai embora e no fim do mês os vencimentos estarão na conta.
            Muitos criticaram a decisão do Diretor do CCZ, mas saibam que tal decisão salvou a categoria do pior. Passou pela cabeça de alguém que o Prefeito e o Ministério Público iriam aceitar essa situação continuar? Sabendo que foram fornecidos os EPI (protetor e bota), tênis e duas camisetas, ou seja, as condições mínimas exigidas pelo Ministério Público.
 “Trabalhamos por carga horária, não trabalhamos por metas, nem pela qualidade do serviço que não nos dão condições de fazer. Todos estão recebendo seus vencimentos em dia, produtividade, 4 passagens por dia (efetivos) e R$ 220,00 de auxílio alimentação. É cumprir a carga horária e assinar o ponto”.
Não adianta reclamar que o serviço não presta e nem que as visitas de educação em saúde funcionam, pois é assim que o sistema quer, assim será feito, pois não queremos ver ninguém penalizado.
PARA FICAR MAIS CLARO VEJAM TRECHOS DA ATA DA REUNIÃO NO NO MP EM NOVEMBRO DE 2012
Preferimos orientar corretamente e ver uma parcela da categoria insatisfeita conosco,  mesmo sem razão, do que vermos uma categoria inteira sendo prejudicada por precipitação. 

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