Os agentes comunitários de saúde e agentes
de endemias de Parnamirim, decidiram entrar em greve na manhã dessa terça feira
30-06-2015.
A categoria só tomou essa decisão, porque
desde fevereiro esperava respostas do Secretário de Saúde, quanto aos pontos de
pauta da categoria, encaminhados reiteradas vezes ao longo de mais de 3 meses.
No dia 3 de junho a categoria se reuniu em assembleia e ameaçou paralisar as atividades, mas considerando o pedido de
prazo de 15 dias, feito pelo Secretário, a categoria resolveu adiar a greve concedeu
o prazo pleiteado, marcando nova assembleia para 18/06/2015.
Pretendíamos submeter as respostas do
Secretário ao crivo da categoria no dia 18/06, antes de votar o indicativo de
greve, mas o Secretário fez a categoria esperar mais 15 dias e sequer a consideração
de enviar as respostas teve, o que inflamou ainda mais a categoria.
Por causa da atitude desrespeitosa do
Secretário, os agentes aprovaram o indicativo de greve e deram mais de 72h de
prazo, em observância a Lei 7.783/1989, Art. 13.
Hoje
pela manhã determinados e dispostos a deflagrar a greve, os agentes se reuniram
em frente à Sede da Prefeitura de Parnamirim, mas antes de deliberar sobre a
paralisação, foi sugerido pelo Sindicato que fosse formada uma comissão para
entrar na Prefeitura e tentar uma reunião.
Com a comissão formada e acompanhada do Presidente
e pelo Secretário geral do SINDAS/RN, a comissão foi barrada e não passou do portão
da Prefeitura, porque os portões foram trancados para impedir a entrada da
comissão. A atitude partiu do Chefe da Guarda que determinou a seus
subordinados que não abrisse os portões.
Tal atitude desrespeitosa e grosseira por
parte da Guarda, incitou ainda mais a categoria que dizia: “na hora de pedirem
nosso voto abrimos nossas portas, quero ver ano que vem etc”.
Diante da atitude do Chefe da guarda pegamos
o microfone e em alto e bom som dissemos:
“A atitude de bater os portões na cara dos
trabalhadores e impedir a entrada da comissão e do sindicato é um absurdo; os agentes
de saúde estão sendo desrespeitados como nunca foram; estamos aqui para reivindicar
direitos e não admitimos esse tipo de postura, porque não promovemos baderna; os
agentes de saúde sabem se portar e fazem movimentos pacíficos e ordeiros; não estamos
aqui para ocupar a Prefeitura e se fosse para radicalizar teríamos fechado as
entradas com carro de som e com a categoria”.
Após essas falas os portões foram
liberados por determinações superiores, mas na porta de entrada da Prefeitura fomos
mais uma vez barrados, dessa vez, pelo Chefe da Guarda que mandou que esperássemos
do lado de fora, enquanto o administrador ia verificar se seríamos recebidos ou
não.
Como
estava chovendo questionamos imediatamente porque não poderíamos esperar do
lado de dentro e o dono do mundo disse que era melhor do lado de fora.
Só
depois de batermos de frente e os ânimos se exaltarem o administrador interviu
e mandou todo mundo entrar e aguardar na recepção.
Após 2 minutos de espera fomos recebidos
pelo Chefe de Gabinete do Prefeito e pelo o Procurar do Dr. Fábio Daniel.
Cientes da pauta de reivindicações foi pedido um novo prazo, para que o
Gabinete e PGM atuassem como mediadores junto ao Prefeito e ao Secretário de
saúde, no sentido de evitar uma greve e ver as possibilidades de se avançar nas
negociações.
O novo pedido de prazo foi rejeitado pela
categoria, sob o argumento de que desde fevereiro se busca evitar a greve e a
Prefeitura teve tempo suficiente.
A categoria estava furiosa por ter sido barrada
no portão e indignada com mais um pedido de prazo, deliberou pela paralisação
imediata das atividades.
Uma vez deflagrada a greve, qualquer proposta
será discutida durante a greve. Se tiver avanço nas negociações a categoria poderá
voltar ao trabalho a qualquer momento, mas sem propostas ficará difícil.
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