A Prefeitura de
Natal prega para população que está preocupada com retorno dos agentes ao
trabalho, mas não prática não é o que está ocorrendo.
A categoria se
reuniu em assembleia na tarde da última segunda feira (07-12) e decidiu acatar
a recomendação do Ministério Público e voltar ao trabalho, mas para que o
retorno ao trabalho ocorra de forma imediata, a categoria exige o envio para Câmara
do PL que reajustará o auxílio alimentação de R$ 10,00 para R$ 15,00 dia
trabalhado, sejam entregues os fardamentos completos e os bloqueadores solar corporal
e labial.
No mesmo dia da
assembleia, notificamos ao Secretário sobre a decisão e ele disse que agilizaria
a entrega dos fardamentos e o envio do PL do reajuste do auxílio alimentação para
Câmara. Como o atendimento imediato dessas reivindicações depende tão somente
da Gestão, a nossa expectativa é de voltar ao trabalho no máximo sexta feira.
A Prefeitura afirma
na imprensa, que mais de 70% dos agentes de endemias estão em greve, o que é uma
inverdade. Dos 490 agentes de endemias cadastrados no Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde – CNES (onde todos os profissionais do País estão
cadastrados), cerca de 200 efetivamente estão em greve. Afirmamos isso com base
nas listas de presença de cada dia de movimento, nas quais estão identificados
com nome e matrícula, todos os agentes comunitários de saúde e agentes de endemias.
O Sindicato controla
as listas de presença com bastante rigor e não permite que servidores que não
estão em greve assinem.
A contabilidade de
grevistas é feita diariamente, para não cometermos o erro de descumprir a
manutenção do percentual mínimo exigido pela lei de greve.
O Cálculo é muito
simples. Se dos 490 agentes de endemias cadastrados, apenas 200 estão em greve,
onde estão os 290 restantes? Porque não estão em campo se a principal
necessidade é combater o Aedes Aegypti? Onde estão os demais agentes que não
estão em greve e nem estão no campo? Com a palavra o Secretário de Saúde e o
Dir. do CCZ, que afirmam que mais de 70% dos agentes estão em greve e não
estão.
OUTRO DETALHE QUE
NÃO PODEMOS ESQUECER
De 2013 a 2015, só
na Gestão Carlos Eduardo, já foram investidos pelo Ministério da Saúde, mais de
20 milhões e meio de reais, só na vigilância em saúde, o que comprova que
faltou uma boa administração, responsabilidade e acima de tudo força de vontade
para se evitar as epidemias no Município de Natal.
A greve dos
agentes de saúde não é de longe a responsável pelas epidemias em curso. A greve
da categoria está sendo usada pela Gestão Municipal, como pretexto para
esconder os verdadeiros responsáveis pelos crimes cometidos contra a saúde da
população ao longo desses três anos.
Não admitiremos a
criminalização do movimento grevista por parte da Prefeitura e nem do
Ministério Público Estadual, que ao longo dos 11 meses de 2015, ficou silente e
nada fez contra a Prefeitura, para evitar as greves fossem deflagradas por
falta de resolução de reivindicações simples, como é o caso dos fardamentos e
reajuste do auxílio, o que deveria ter sido resolvido desde junho.
VEJA A RELAÇÃO NOMINAL DOS AGENTES DE ENDEMIAS DE NATAL
VEJA O DETALHAMENTO DOS RECURSOS DE 2013 A 2015
DOCUMENTO ENVIADO AO PROMOTOR QUE EMITIU RECOMENDAÇÃO AO SINDAS
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