Depois
de o Brasil confirmar a relação entre o zika e o surto de microcefalia e da
Polinésia Francesa divulgar uma suspeita de 17 casos de microcefalia provocados
pelo vírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana
de Saúde (Opas) emitiram alerta. Segundo o documento, nove países americanos já
confirmaram casos autóctones - circulação interna - da doença.
Além
do Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname
e Venezuela têm casos registrados. As notificações colombianas são de outubro.
Outros seis países registraram casos em novembro. O comunicado da Opas e da OMS
pede que seja estabelecido um diagnóstico da doença e que essas unidades
federativas preparem a rede de assistência para um aumento no número de casos,
com reforço no atendimento pré-natal e neurológico. Isso inclui o monitoramento
de como o vírus tem se espalhado para outras regiões e identificando os fatores
de risco associados ao zika.
O
documento mostra dados de 2000 e 2010 para evidenciar que, no Brasil, os casos
de microcefalia cresceram 20 vezes. E também reconhece, pela primeira vez, a
conexão entre o zika e a microcefalia, mencionando inclusive os resultados
laboratoriais do Instituto Evandro Chagas, ligado ao Ministério da Saúde.
Em
entrevista à BBC Brasil, o diretor do departamento de doenças comunicáveis da
Organização Pan-Americana de Saúde, Marcos Espinal, afirmou ainda que não dá
para se ter a real dimensão da epidemia. As organizações internacionais pedem,
ainda, que as grávidas se previnam para um eventual contato com o mosquito
Aedes aegypti.
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