20 maio 2012

SITUAÇÃO PRECÁRIA DOS ACE DE NATAL VIRA NOTÍCIA

Desmotivados e sem estrutura, agentes de combate a endemias de Natal estão pagando para trabalhar; “Nosso trabalho é prevenir a morte”, alerta Cosmo Mariz

A situação dos agentes de endemias da capital é crítica. Muitos estão sem produzir em ambiente interno e outros tantos estão ausentes do trabalho de campo, ou seja, sem realizar as visitas às residências. Segundo Cosmo Mariz, secretário do SINDAS/RN, falou ao blog agora há pouco, a secretaria de saúde não tem dado as condições mínimas para os agentes trabalharem. Falta material do mais básico, como a bolsa e o lápis do agente. Falta do fardamento ao vale-transporte. Falta até saúde aos agentes.
Grande número de faltas dos agentes, cerca de 30% deles, se deve ao não carregamento do cartão dos vales-transporte. “O atual quadro da dengue em Natal, em parte, é em decorrência do descaso que a SMS trata os agentes. 30% desses profissionais estão sem receber os vales-transporte desde o segundo semestre de 2011 até hoje. Como um agente pode estar motivado se ele precisa pagar do bolso a passagem para trabalhar?”, declara Mariz.


Sobre o fardamento, Cosmo denuncia: “Tem agente comprando o seu próprio fardamento, colando bolso da farda antiga, já em desuso, e colando na farda nova, comprada por ele mesmo. A Secretaria não repõe o fardamento dos efetivos há bastante tempo e os 150 temporários que foram absorvidos do contrato do ITCI, muitos também já não tem mais o que vestir”.


O descaso não para por aí. Em contato com veneno potente para o combate à larva do mosquito e sem a devida proteção, muitos agentes se afastaram do trabalho por motivo de doença. O programa da dengue na capital está sucateado e os supervisores estão há 6 meses sem viaturas para trabalhar em campo.
De acordo com Cosmo, a Secretária de Saúde, Maria do Perpétuo, garantiu que os problemas com a licitação para a compra dos fardamentos deverá estar sendo solucionado até o fim do mês.
Nós trabalhamos prevenindo a morte. Mas parece que aos olhos do poder público, isso não tem muita importância”, conclui Cosmo.

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