Natal pode enfrentar uma das piores epidemias de dengue
Infectologista Luiz Alberto informa que cidade está longe de atingir número de visitas necessárias e que se situação não mudar cidade enfrentará epidemia.
O infectologista do Hospital Giselda Trigueiro, Luiz Alberto Fonseca, falou sobre a atual situação da dengue em Natal. De acordo com o médico a cidade está à beira de enfrentar uma das piores epidemias de dengue.
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Luiz Alberto comentou que hoje é insuficiente a quantidade de visitas feitas pelos agentes de endemias. “As visitas ou ciclos são insuficientes, pois por ano são obrigatórias seis visitas, divididas em três por semestre. Porém o número de agentes é insificiente para combater os focos do mosquito”, diz.
De acordo com o médico, cada bairro tem que manter o índice de infestação predial com menos de 1%, porém a realidade da capital não é das mais favoráveis, pois, de acordo com as informações repassadas por Luiz Alberto, existem bairros de Natal que este índice já ultrapassa os 4%.
“Hoje, a cidade tem um número de focos crescendo 300% a mais em relação ao ano passado, pois além do número reduzido de agentes que é de 30% a menos que o desejado para realizar os três ciclos por semestre, assim muitas das residências tem seu trabalho prejudicado no exercício da prevenção e eliminação dos focos”, explica infectologista.
Outro ponto abordado é de que Natal tem aproximadamente 400 mil imóveis, e que aproximadamente trinta mil não foram visitados, pois estão abandonados ou trancados, não possibilitando a visita dos agentes e que estas casas são o suficiente para começar uma epidemia.
Agentes reclamam de condições de trabalho
Os agentes de endemias realizaram na tarde desta segunda-feira (4), uma assembleia para discutir o retorno da jornada de trabalho de oito horas, sob as condições de garantirem uma gratificação e que o vale alimentação dos agentes seja pago em dinheiro.
E de acordo com o secretário do Sindicato dos Agentes de Saúde (Sindas), Cosmo Mariz, enquanto as solicitações não forem atendidas, os agentes continuarão trabalhando a carga horária corrida, ou seja, de seis horas ininterruptas sem intervalo para almoço e que se a Secretaria Municipal de Saúde não atender as solicitações a categoria irá entrar em greve.
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